A Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) deu, no passado mês de dezembro, mais um passo na melhoria dos cuidados de saúde, nomeadamente aos doentes oncológicos, com a introdução da técnica de dessensibilização a agentes quimioterápicos. Este método permite tratar, de forma segura, pessoas com alergia aos fármacos de primeira linha utilizados no combate ao cancro, evitando terapias alternativas menos eficazes e, por vezes, mais dispendiosas.
Para Rui Silva, Diretor do Serviço de Imunoalergologia, “trata-se de um tratamento dirigido a doentes com alergias a fármacos, neste caso concreto, a agentes quimioterápicos. Este procedimento viabiliza a administração do medicamento ideal, essencial para melhores resultados clínicos, mesmo quando o doente tem alergia ao fármaco, evitando soluções de segunda linha que podem comprometer a eficácia do tratamento oncológico.”
“Sempre que um doente necessita de quimioterapia e apresenta alergia, repetimos o protocolo de dessensibilização até ao fim do plano de tratamentos. Isto assegura a continuidade de uma terapia eficaz, mesmo em cenários de imprevisibilidade”, realça Daniela Abreu, responsável pela área de alergia a fármacos na ULSTMAD.
A implementação desta terapêutica na ULSTMAD evita deslocações dos doentes aos hospitais de referência no Porto, oferecendo uma resposta mais célere e um acompanhamento de proximidade. Além disso, reduz custos, já que os tratamentos de segunda linha são, em geral, mais onerosos, e diminui efetivamente o risco de reações adversas graves nos doentes em tratamento oncológico.
Esta iniciativa resulta de uma ação conjunta entre os Serviços de Imunoalergologia, Farmácia e Oncologia Médica, refletindo a dinâmica de cooperação interna na procura de soluções mais eficazes para os doentes.
Este avanço reforça o compromisso da ULSTMAD em proporcionar cuidados de excelência, investindo em soluções que asseguram maior segurança, eficácia e conforto aos doentes e às suas famílias.
No ano de 2024, o Centro Oncológico da ULSTMAD registou 917 novos casos de doença oncológica, demonstrando a relevância de iniciativas como esta na prestação de cuidados de saúde na região.
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