Norte de Portugal ganha terreno na convergência com a União Europeia

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O Norte foi a região de Portugal Continental que mais convergiu com a média da União Europeia, durante a última década, em matéria de inovação. A análise consta na edição especial do relatório NORTE ESTRUTURA, documento elaborado pela CCDR-N, que faz uma leitura das tendências socioeconómicas da região a médio e longo prazo.

De acordo com o relatório Regional Innovation Scoreboard de 2019 – da autoria da Comissão Europeia – o Índice Global de Inovação do Norte aumentou de 83,3 por cento para 92,7 por cento da média da UE28, entre os anos de 2011 e 2019, em evidente contraste com a estagnação observada na Área Metropolitana de Lisboa (atual líder a nível nacional), que viu o mesmo indicador crescer pouco mais de 1 ponto percentual, de 93,4 por cento para 94,6 por cento, durante o mesmo período.

Do lado das potencialidades em matéria de inovação, o Norte está entre as regiões mais inovadoras da europa nos seguintes indicadores: as despesas de inovação não-I&D (investimento em máquinas numa lógica de modernização), os registos de marcas e de design, a percentagem das PME que praticaram atividades internas de inovação e a percentagem das PME com inovações tecnológicas (produto e processos).

Do lado das debilidades, os principais indicadores de inovação, nos quais a região se encontra significativamente abaixo da média da UE28, são o registo de patentes, a percentagem da população dos 30 aos 34 anos com formação no ensino superior, a percentagem do emprego em setores de alta e média-alta tecnologia e a cooperação das empresas com o sistema científico.

O NORTE ESTRUTURA dá ainda nota que, do ponto de vista do comércio internacional de bens classificados de acordo com o seu grau tecnológico, o Norte observou uma alteração gradual na especialização internacional, com a proporção de bens de média tecnologia a aumentar de 21,7 por cento para 28,5 por cento entre os anos 2005 e 2019, sobretudo por via do forte dinamismo do cluster do ramo automóvel. Ainda assim, as principais exportações continuam a ser de produtos de baixa tecnologia, que representavam 41,8 por cento do total em 2019.

Documento CCDR-N

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