A empresa Savannah, que se propõe explorar a mina de Lítio em Boticas, anunciou hoje que obteve por parte da Agência Portuguesa do Ambiente a Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada.
A empresa referiu, em comunicado, que esta decisão é positiva para poder desenvolver o seu projeto de exploração de lítio no Barroso.
Recorde-se que a consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da mina do Barroso, terminou em abril com 912 participações submetidas através do portal Participa, e foi contestada pela autarquia, pela Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso e pela população por considerarem que foi escasso o tempo para a quantidade de documentos que tinham que ser analisados.
O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, mostrou-se preocupado e triste com esta autorização condicionada.
O autarca garante que se a exploração se efetivar o município vai ser fiscalizador de todas as regras, Fernando Queiroga referiu ainda que receia que a Classificação de Património Agrícola Mundial possa ser retirada ao Barroso, lembrando que a mina de Boticas será a primeira a ser explorada por esta empresa que não tem experiência na área.
Queiroga referiu ainda que se a quantidade de lítio fosse encontrada perto do Terreiro do Paço a decisão da Agência do Ambiente seria certamente outra.
A exploração da mina do Barroso terá uma duração de cerca de 17 anos, sendo a área de concessão prevista é de 593 hectares.