O Tribunal de Contas recusou o visto para financiar a ligação aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, segundo avançou a Agência Lusa. 

A região está sem avião desde o final de setembro, quando terminou o segundo ajuste direto que permitia que a ligação continuasse a ser feita. Aguardava-se assim o resultado do concurso público, aberto em abril, entre o Governo e a companhia aérea Sevenair, que opera a rota desde 2009.

O contrato foi assinado apenas no passado dia 19 de dezembro e pedido a autorização ao Tribunal de Contas para libertar a verba para financiar a ligação aérea durante quatro anos.

No entanto, o Tribunal de Contas entendeu haver “irregularidades detetadas em datas mencionadas no documento” e, por isso, não deu o visto.

Desta forma, terá de ser feita uma nova proposta, o que atrasa o regresso do avião à região.

A situação arrasta-se desde o anterior Governo, que não abriu concurso público, o que obrigou a dois ajustes diretos, para que a ligação aérea não deixasse de ser feita. No entanto, no final do segundo ajuste direto, a Sevenair deixou de operar, não só pelo fim do contrato, mas por não conseguir suportar mais os custos, uma vez que o Governo lhe deve quase 4 milhões de euros, a grande maioria referente ao período de governação do primeiro-ministro António Costa.

Em novembro, o ministro das Infraestruturas tinha garantido aos autarcas do distrito que a ligação aérea iria ser retomada antes do Natal. No entanto, a região continua sem avião.

CIR