A Comissão Europeia anunciou que poderá destinar 15 milhões de euros ao setor do vinho em Portugal para apoiar uma destilação de crise e reequilibrar o mercado.
O Governo poderá complementar o apoio até 200% com fundos nacionais.
A medida é anunciada às portas de mais uma vindima e numa altura em que os produtores de uvas fazem contas à vida.
Segundo a Comissão Europeia, o país depara-se com graves perturbações do mercado, que poderão transformar-se numa crise prolongada e mais alargada.
Há oferta de vinho a mais e procura a menos. As adegas têm stocks significativos e muitas empresas produtoras estão menos disponíveis para comprar uvas.
O apoio à destilação de excedentes de vinho tem sido reivindicado para criar espaço para a nova colheita e reequilibrar o mercado.
E para evitar distorções da concorrência, a utilização do álcool obtido através da destilação deve limitar-se a fins industriais, nomeadamente produtos de desinfeção e fármacos, assim como a fins energéticos.
A Federação Renovação do Douro considera que o valor do apoio de emergência da Comissão Europeia para os produtores de vinho é escasso, afirma o presidente Rui Paredes.
Rui Paredes frisa que é também importante um controlo mais apertado às importações de vinho de outros países, nomeadamente de Espanha.
O presidente da Federação Renovação Douro explica que muito do vinho na região é importado.
A Comissão Europeia propôs mobilizar 15 milhões de euros da reserva agrícola para apoiar uma destilação de crise para ajudar o setor do vinho em Portugal.
O Governo deve definir as regras de candidatura ao apoio, do qual poderão beneficiar produtores, cooperativas, destiladores e empresas vitivinícolas.
CIR